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Como Jesus Vê as Igrejas

 

Como Jesus Vê as Igrejas

Fazendo um exame das Sete cartas se conclui que o senhor as endereça aos "anjos" ou mensageiros dessas igrejas. Não os cita pelo nome, de onde se poderia concluir que somente a eles eram dirigidas, quando em verdade as cartas são interesse geral e para todos os tempos. O que cabe agora "anjos" é idntificar-se com a carta que lhe corresponde.


JESUS CRISTO É O MESMO ONTEM HOJE E ETERNAMNETE

Não aceitamos que os mensageiros das igrejas sejam propriamente os anjos; e assim colocamo-nos a par da maioria dos comentadores, que são unânimes em afirmar que se trata, antes, dos pastores das respectivas igrejas. Sabemos que entre os dons que Cristo exaltado distribui à Sua Igreja se incluem os "Pastores", que juntamente com os restantes ministérios contribue para (o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo "Igreja" de Cristo (Ef. 4:11, 12). E em Hebreus 13:17 se lê que os pastores são responsáveis e têm que prestar contas ao Senhor por cada alma colocada sob seu cuidado).

Ora, se o senhor tem colocado os pastores nas igrejas (um dos mais difíceis ministérios!) "Para a obra do ministério e para aperfeiçoamento dos santos", é obviamente natural que a eles se dirija, a fim de louvá-los pela sua fidelidade, anima-los nas provações, chamar sua atenção quando necessário, incriminá-los pelo seu descuido da doutrina e da disciplina, assim como exortá-los quanto à realização da obra evangelizadora e missionária.

Dizíamos ser este um dos ministérios mais difíceis; e, a julgar pelo que se lê a cerca de Aarão e de Cristo em Hebreus 5: 4,5 "E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus....", dificilmente admitimos que possa alguém atraver-se a usurprar esse lugar. E pior ainda quando se pretende excluir a sabedoria como elemento básico de preparação para o cumprimento desse devido ministério! O apostólo S. Paulo quando deseja que os crentes em Éfeso descubram a grandeza da vocação cristã, as riquezas da glória da esperança, a sobre-excelente grandeza do poder de Deus sobre os crente, essa força de tão transcendente dimensão que operou a ressurreição de nosso senhor Jesus Cristo dentre os mortos e o colocou à destra do Pai como Cabeça da Igreja, que é o seu corpo, onde vive aquele que enche o Universo inteiro, -dizíamos nós - ele orava para que aos crentes Deus concedesse o espiríto de sabedoria e de revelação, e lhes fossem abertos os olhos do entendimento, a fim de que pudessem ver, na luz de Deus aquelas transcendentes verdades e privilégios (Éf. 1, 16-23).

Voltando aos mensageiros das Sete Igrejas, pomos notar que o facto das Cartas lhes serem particularmente dirigidas não significa iso tratar-se de cartas pessoais. O senhor dirige-se às sete Igrejas (Apoc. 1,11) e as Cartas reflectem as condições das mesmas igrejas como instituições locais.

Quando se examina o capítulo primeiro do Apocalipse, verificamos como nele o Filho do homem se revela na plenitude de suas funções como senhor das Igrejas. Os diferentes aspectos da visão vêm a ser como credenciais que ele exibe em cada uma das sete Cartas. Exemplificando: chama e o brilho do primeiro amor, o senhor apresenta-se como "Aquele que tem na sua destra as Sete estrelas", ou sejam os pastores, e que anda no meio dos setes castiçais de ouro, as igrejas". Á igreja de Esmirna, que se mantinha fiel no meio da perseguição, o senhor apresenta-se como "o primeiro e o último, o Vencedor da morte" . À igreja de Pérgamo, que tolerava a idolatria, heresia, a frivolidade e a imoralidade, Cristo apresenta-se como "Aquele que tem a espada aguda de dois fios" . À igreja de Tiatira, que permitia uma mulher exercer as funções de ensinadora e atribuições pastorais, ensinando coisas erradas às quais o se designa como "profundeza de Satanás", o senhor apresenta-se como "O filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo". À igreja de Sardo, que tinha aparência de viva (talves pelas suas excentricidades, emocionalismo, barulho descontrolado nos seus cultos, etc.) mas estava morta, Jesus apresenta-se como "O que tem sete Espirítos de Deus",(comparando Is. 11,2; Apoc. 4,5; 6,5), que podem vivificar os mortos e dar-lhes plena perfeição de vida. À igreja evangelista e missionária de Filadélfia, Cristo revela-se como "O que tem chave de David para abrir a porta ao evangelismo e à salvação dos perdidos. É a chave de autoridade d´Aquele que tem todo o poder no Céu e na terra" .E finalmente, à morna Laodicéia, Cristo diz que é "O Amém, a testemunha fiel e verdadeira"; e esse título revela-nos o carácter de Cristo em relação aos seus discípulos: Ele é Fiel e verdadeiro; os que n´Ele esperam e o seguem, podem confiar plenamente em como o senhor há-de cumprir suas firmes promessas.

Tudo o que, em relação às igrejas tem sido dito até este ponto, se resume: o senhor ressuscitado e que sabe todas as coisas aprova o que é bom, condena o que é mau e exorta à fidelidade. A necessidade urgente da Igreja de Cristo tem sido em todos os tempos, a de um processo de saneamento de purificação. Pois estas Sete Cartas de saneamento, Ásia são. a nosso ver, esse mecanismo de depuração. Elas revelam-nos que existe uma sucessão doutrinária, uma sucessão de condições, de práticas, e daí a necessidade de um constante reajustamento, de um a identificação com os sãos princípios apontados por Aqueles que fala com voz como muitas águas, cujos olhos são como chama de fogo e cuja exortação é: "Se alguém tem ouvidos ouça o que espírito diz às igreja".

Maranata! Olha o senhor vem...